Ele era minha sobremesa preferida quando eu era criança, e eu não deixei de comer ele porque virei vegana.
Justamente o contrário, eu voltei a comer depois que virei vegana, viva!
Falei sobre isso em um post no instagram, mas, resumindo: a lógica restritiva dos distúrbios alimentares fizeram do arroz um alimento proibido por muitos anos.
A lógica inclusiva do veganismo fez com que esse alimento voltasse a fazer parte do meu prato (não foi da noite para o dia, mesmo depois de virar vegana, o arroz foi um dos alimentos que eu mais demorei para incluir).
Essa receita tem, portanto, uma dose extra de afeto e é o resultado de muitos testes.
Eu queria chegar naquela textura cremosa do arroz doce da minha avó e do meu pai e consegui isso unindo o ingrediente certo com a técnica certa - castanha do pará + redução.
No final do post tem sugestão de substituições para ninguém deixar de fazer a receita, seja porque não tem acesso a castanha do pará, seja porque busca uma versão ainda mais saudável dela.
É tão simples e tão gostosa que quem fizer vai incluir no caderninho de receitas! (Existe isso ainda? Eu sigo fazendo e guardando os meus desde os 11 aninhos de idade haha).
INGREDIENTES
1 xícara de arroz branco cru (200g).
1 xícara de castanha do pará (100g).
¾ xícara de açúcar demerara (135g).
500 ml de água.
Casca de 1 a 2 limões.
3 paus de canela.
Canela em pó, para polvilhar.
PREPARO
Leve o arroz para cozinhar com 2 xícaras de água e uma pitadinha de sal, até a água quase secar. Desligue o fogo e reserve o arroz.
Prepare o creme: bata a castanha do pará com a água no liquidificador em velocidade máxima durante 3 minutos, ou até se desfazer completamente. Transfira para uma panela, acrescente a casca dos limões, os paus de canela, o açúcar e leve para cozinhar em fogo médio, mexendo de tempos em tempos. A ideia é reduzir um pouco a água para concentrar a gordura (boa!) da castanha de caju e o açúcar até chegar em uma textura cremosa.
Peneire o creme na panela do arroz. Misture e cozinhe em fogo baixo por três minutos.
Sirva em tacinhas com canela polvilhada por cima, quente ou frio.
DICAS e SUBSTITUIÇÕES
Se você nunca experimentou arroz doce com o toque cítrico do limão, faça primeiro com uma casca para ver se gosta! Eu amo tanto que ainda coloco umas raspinhas por cima na hora de servir.
A castanha do pará pode ser substituída por castanha de caju, amendoim ou coco ralado. No caso da castanha de caju e do amendoim, mesma quantidade, mas atenção: deixe de molho por no mínimo 6 horas antes de fazer a receita (ideal), ou ferva em água durante 15 minutos para amolecer (se você estiver praticamente fazendo enquanto lê de tanta vontade, eu te entendo!). Caso substitua pelo coco ralado, acrescente ½ xícara a mais (1 ½ total).
Versão ainda mais saudável: eu quis recriar o arroz doce o mais perto possível da minha memória afetiva, por isso o arroz branco e o açúcar demerara. Se preferir, use arroz integral e tâmaras para adoçar.
Para usar tâmaras no lugar do açúcar: Deixe 1 xícara de tâmara de molho na água por pelo menos 30 minutos e bata junto com o creme.
Sobre as substituições: vão alterar o sabor e a cor, nem pior, nem melhor, diferente!
Beijos e até a próxima,
Luisa
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